WMS x TMS x ERP: quem faz o quê na sua cadeia de suprimentos (e como integrar sem atrito)
No dia a dia, confundir WMS, TMS e ERP é receita para retrabalho e custo escondido. Cada um tem seu “trampo” na cadeia: o ERP é o cérebro contábil e de pedidos, o WMS orquestra o armazém e o TMS faz o show na rua. Quando cada sistema respeita seu papel e conversa direito, a operação flui — OTIF sobe, custo por pedido cai e o cliente sente o capricho na entrega. Vamos ao “cheirinho” sem entregar o ouro.
Marcos Mendes
11/28/20253 min read


WMS x TMS x ERP: quem faz o quê na sua cadeia de suprimentos (e como integrar sem atrito)
No dia a dia, confundir WMS, TMS e ERP é receita para retrabalho e custo escondido. Cada um tem seu “trampo” na cadeia: o ERP é o cérebro contábil e de pedidos, o WMS orquestra o armazém e o TMS faz o show na rua. Quando cada sistema respeita seu papel e conversa direito, a operação flui — OTIF sobe, custo por pedido cai e o cliente sente o capricho na entrega. Vamos ao “cheirinho” sem entregar o ouro.
Quem faz o quê (papéis claros, menos fricção)
ERP (backbone do negócio): cadastro mestre (clientes, SKUs, fiscal), pedidos, faturamento, NF-e, contas a pagar/receber, custos.
WMS (maestro do armazém): recebimento, putaway, slotting, picking, packing, inventário cíclico, auditorias e desempenho por célula.
TMS (estrada e última milha): cotação/contratação de frete, roteirização, tracking, ETA, ocorrências, POD e conciliação de faturas de transporte.
Passes de bola (integrações essenciais)
Do ERP para o WMS: pedidos confirmados, ASN, políticas de lote/validade, regras fiscais e bloqueios.
Do WMS para o ERP: confirmações de separação/expedição, ajustes de inventário, consumo de embalagens, divergências de recebimento.
Do WMS para o TMS: volumes, pesos, dimensões, prioridade de carga, janela de entrega, restrições por CEP.
Do TMS para o ERP/WMS: status de entrega, ocorrências, POD, custos e previsões de chegada para conciliação.
Dica de chão: integrar “evento acionável”, não só “arquivo”. Cada evento deve disparar uma decisão no fluxo (ex.: ocorrência de “ausente” → reprogramar rota + aviso ao cliente)
Como integrar sem atrito (e sem parar o piso)
Modelo de dados limpo: cadastre SKU com peso, dimensões e unidades de manuseio (cx, pallet). Sem isso, cubagem e roteirização sofrem.
Catálogo de eventos: liste o que importa (recebido, putaway, picking start/finish, carga liberada, em rota, entregue) com carimbo de data/hora.
Orquestração por prioridade: o WMS manda na doca; o TMS manda na rua; o ERP fecha a conta. Sem “guerra de sistemas”.
API primeiro, arquivo quando necessário: tempo real para eventos críticos (tracking, corte de onda), lote para dados pesados (cadastros, históricos).
Ambiente de testes (sandbox): simule picos e exceções (falta de volume, cancelamento tardio, troca de transportadora).
Observalidade: logs legíveis, painel de integrações, alertas proativos e SLA de suporte entre TI e Operações.
Armadilhas comuns (e como evitar)
Cadastro mestre capenga: SKU sem dimensão mata a roteirização; cliente sem janela definida gera OTIF falso.
Duplicidade de funções: duas “verdades” para inventário? Defina fonte única: WMS manda no físico; ERP manda no contábil.
Integração só técnica: sistema fala, processo não escuta. Treine time e ajuste SOP com a nova cadência.
Relatórios “Frankstein”: consolide KPIs em um painel de decisão: OTIF, custo por pedido, linhas/hora, taxa de reentrega, acuracidade.
Governança que sustenta o fluxo
Ritos curtos: 15 min por turno (WMS), diário de transporte (TMS), semanal de integridade de dados (ERP).
Dono por indicador: cada KPI tem responsável, meta e plano 30-60-90 dias.
Mudança com janela: releases em ondas, sempre com plano de rollback e smoke test na doca e na rota.
Recado final
Integração sem atrito é jogo de papéis bem definidos + dados confiáveis + eventos que viram decisão. Comece pelo cadastro mestre, mapeie eventos críticos e rode um piloto com picos simulados. O resto é cadência e melhoria contínua — sem travar a operação.
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